Estrelas da Expointer, os animais que vão desfilar pelas pistas do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), entre 24 de agosto e 1º de setembro, têm um tratamento diferenciado durante o evento. Todos os cuidados são necessários para a preservação do bem-estar dos participantes ilustres da feira para que possam ter o melhor desempenho nas provas e julgamentos que serão realizados nos nove dias da exposição.

 

De acordo com o diretor do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS), João Junior, a Expointer é o palco do trabalho de diversos anos onde se busca o melhoramento genético e se apresenta o que há de melhor em cada raça. “Para isso estes animais são tratados como atletas, tendo cuidados diários com alimentação e exercícios para chegar na Expointer mostrando suas melhores qualidades”, destaca.

 

Entretanto, com a mudança de ambiente, cuidados são necessários ao longo do evento. Conforme o dirigente do Simvet/RS, para que os exemplares não estranhem tanto a feira é importante que os cabanheiros comecem a simular as condições do local um período antes, tais como a água servida aos animais. “Muitas vezes também se utiliza música alta nos galpões para se acostumar com o barulho, também se faz treinamentos diários dos animais desfilando para que não estranhem e façam de forma adequada no parque”, observa.

 

O dirigente lembra também que no parque existe uma preocupação com o estresse térmico. Ressalta que isso é algo que dentro da cabanha às vezes não se consegue fazer pelo ambiente. “Isso é uma preocupação dentro das feiras agropecuárias, o parque procura trabalhar da melhor forma para ambientar os animais, além da preocupação com o estresse com o público e o barulho, e com isso muitas vezes são utilizados fitoterápicos ou homeopatia de forma a baixar o estresse”, comenta.

 

O diretor do Simvet/RS reforça ainda que nas questões de genética e sanitária, também existe um trabalho forte entre os criadores e na Expointer há muitas definições de padrão genético do que se busca em cada raça. “Outra questão importante é não mudar a alimentação no evento. É sempre bom ficar atento a qualquer mudança de sinais clínicos de alguma enfermidade para entrar em contato com o médico veterinário particular ou com o médico veterinário de plantão do serviço oficial no parque”, complementa.

 

Foto: Ascribu/Divulgação