O vice-presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (SimvetRS), Ricardo Capelli, participou, nesta segunda-feira (11/5), de uma audiência pública para discutir a implementação do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial, Familiar e de Pequeno Porte (Susaf-RS). O evento ocorreu no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), em Porto Alegre, e foi proposto pelos deputados Edegar Pretto (PT) e Elton Weber (PSB), da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa.  

 

Atualmente, 207 municípios solicitaram adesão e 50 estão em processo de habilitação. Cinco deles - Feliz, São José do Sul, Salvador do Sul, Restinga Seca e Victor Graeff - já têm adesão ao Susaf-RS e comercializam para mais de 60 municípios gaúchos, segundo Capelli. A Lei nº 13.825/2011, de autoria do deputado Edegar Pretto (PT), permite a comercialização de produtos de origem animal em todo o território gaúcho. Sem o Susaf-RS, regulamentado pelo Decreto Estadual nº 49340, de 5 de julho de 2012, estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) só podem vender em seu município de origem.   

 

Para que os municípios obtenham a adesão, e possam vender seus produtos além das fronteiras locais, é preciso a comprovação da equivalência junto à Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seap-RS). “Há uma preocupação muito grande por parte dos proprietários de agroindústrias familiares do Estado inspecionados pelo SIM em poder vender seus produtos de origem animal, como queijos, embutidos, mel e ovos fora dos seus municípios. Para que isso ocorra, há necessidade de adesão das prefeituras que possuem SIM aderirem ao Susaf-RS”, afirma Capelli.

 

O vice-presidente do SimvetRS salienta que a entidade apoia essa expansão do mercado para as agroindústrias, desde que elas estejam dentro das normas higiênico-sanitárias. “É necessário ainda que elas tenham médicos veterinários como responsáveis técnicos e que os serviços de inspeção sejam estruturados e equipados, tanto com equipamentos, como com recursos humanos treinados e capacitados, pois o objetivo final é a garantia da inocuidade de alimentos de origem animal”, completa.    

 

 

 

Foto: Divulgação Fetag-RS