Embora a família não tivesse nenhuma ligação com cavalos, desde que era criança, Denise Bicca sentia uma atração irresistível por esses animais. Tanto que a primeira vez que viu um deles, aos 4 anos, foi uma “loucura”, segundo ela. A paixão era tanta que o pai de Denise percebeu que não tinha alternativa e a colocou na escolinha de equitação do Cantegril Clube, de Porto Alegre, em 1973.

 

Assim que se formou em Medicina Veterinária na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1989, a jovem começou a trabalhar dentro da Sociedade Hipica Portoalegrense, na Zona Sul da capital. Em 1998, já influenciada pelos princípios do Natural Horsemanship (arte e ciência de manejar e treinar o cavalo de acordo com a sua natureza),   ela fundou o próprio centro de treinamento, com o objetivo de formar cavalos, cavaleiros e profissionais. O Centro Equestre Gallop fica no bairro Lami.

 

Quatro anos depois, Denise iniciou o trabalho especificamente com comportamento equino no treinamento, doma e recuperação comportamental. A Denise Bicca Horsemanship funciona dentro do Gallop na parte de doma e recuperação comportamental e cursos e em todo o Brasil, ministrando palestras, demonstrações e prestando consultoria. “Desde que comecei com cavalos, eu sempre busquei tratá-los com dedicação integral, o que não tinha era o conhecimento técnico e recursos que tenho hoje e que fui adquirindo com os cursos, treinadores e professores que tive e certamente busco mais, porque sempre falta aprender. Estou apenas engatinhando”, afirma.

 

Professora de equitação, domadora e treinadora de cavalos de esporte, Denise ainda tem tempo para escrever sobre suas experiências em um blog (http://muiedoscavalos.blogspot.com.br/). A página leva o apelido como ela é conhecida no meio, a muié dos cavalos. “Eu ouvi alguém falar de mim, gostei e fiz um blog onde conto minhas andanças. Daí o apelido pegou”, brinca.

 

Denise conta que sempre quis estar com cavalos e ser veterinária deles sempre foi sua primeira e única opção de vida. “Para mim, a profissão de médico veterinário é difícil, muitas vezes frustrante, mas não acredito que eu pudesse viver de outra forma”, completa.