A cobrança da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) fez à ministra da Agricultura Kátia Abreu reascendeu o debate sobre a situação dos médicos veterinários que são cedidos pelas prefeituras à União. A Famurs cobra que o governo federal assuma o custo de R$ 5 milhões por ano com os veterinários cedidos por 63 prefeituras gaúchas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os profissionais são contratados pelas prefeituras e cedidos para o Mapa sem ônus para desempenharem trabalhos de responsabilidade exclusiva do ministério.

 

O vice-presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários no Rio Grande do Sul (Simvetrs), Ricardo Capelli, afirma que os municípios são os que menos arrecadam e têm de arcar com os custos da contratação desses profissionais. A solução, segundo o dirigente, seria o Mapa, caso não haja cadastro reserva, promover concurso público para contratação de médicos veterinários e dar cobertura aos municípios que possuem estabelecimentos que exijam inspeção federal. “A União, que é quem mais arrecada, que fica com o bônus, não quer gastar, quer que Estados e municípios assumam o ônus”, afirma o dirigente.

 

Em novembro do ano passado, o assunto foi tema de uma audiência entre parte da diretoria do SimvetRS e o presidente da Famurs, Serge Menegaz. No encontro, Menegaz disse que o governo federal deveria fazer concurso e regularizar a situação dos médicos veterinários. E também cobrou que além do Ministério da Agricultura, o governo do Estado chamasse os médicos veterinários aprovados no concurso público da Secretaria da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Seapa-RS), pois as vagas existem e a sanidade do rebanho gaúcho depende do trabalho desses profissionais.