Ocorreu nesta quinta-feira (08), logo após a reunião ordinária da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, a audiência pública para debater as medidas de combate ao abigeato no Estado. Conforme o presidente da Comissão, deputado Adolfo Brito (PP), na oportunidade, além do abigeato, várias entidades e sindicatos registraram a preocupação com o roubo de inseticidas e herbicidas em todo o interior do Rio Grande do Sul.
De acordo com o parlamentar, muitas sugestões, como a necessidade de ações conjuntas com municípios foram colhidas e serão repassadas aos governos estadual e federal. Dentre os encaminhamentos, são destaques: a urgência de maior efetivo da Polícia Civil e Brigada Militar, especialmente na faixa de Fronteira; investimentos em comunicações no meio rural; incremento na infraestrutura logística para enfrentar os criminosos. Além disso, a Comissão de Agricultura definiu que irá oficiar ao Senado da aprovação urgente do projeto de lei 6999/2013, do deputado Afonso Hamm (PP-RS), que torna mais rígida a punição do abigeato.
Ainda segundo Adolfo Brito, estiveram presentes na audiência, proposta pelo deputado Gabriel Souza (PMDB), as secretarias de Estado da Segurança Pública e da Agricultura e Pecuária, bem como o Ministério Público, entidades relacionadas ao setor agropecuário e lideranças da área rural.
O Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) esteve representado por Alexandro Daura na Audiência Pública.
O crime
O abigeato, ou seja, roubo ou abate de animais no campo, é um problema recorrente no interior do Estado. Atuante na região Central, o parlamentar recebe relatos frequentes sobre o roubo de ovelhas e gado e o abate dos animais ainda no campo. Cerca de 20% dos abates clandestinos de animais são oriundos deste crime, que gerou R$ 1 bilhão de prejuízos no RS só em 2014.